Muito boa tarde, faço minhas as palavras de quem já vos falou: sejam todos bem-vindos à Universidade de Verão 2015.
Dr. Marco António Costa, coordenador da comissão permanente do PSD Simão Ribeiro, presidente da JSD;
Senhores Deputados Duarte Marques e Nuno Matias, diretores-adjuntos desta universidade;
Carolina e todos os Conselheiros;
Deputado Cristóvão Crespo;
Senhor Presidente da Câmara, que será objeto de uma saudação especial no jantar formal de abertura dentro de duas horas;
Senhores convidados nacionais e estrangeiros;
Caros e caras participantes.
Ontem, um jornalista perguntou-me o que é que nós queremos com a Universidade de Verão. Recordei-me da oportunidade que tive, em Estrasburgo, de conhecer um filósofo espanhol chamado Fernando Savater, é o autor do livro que vos recomendo, a "Ética para um Jovem”. É um intelectual espanhol, basco, com uma grande militância contra o nacionalismo basco; dirigente do movimento Basta Ya contra o terrorismo basco e foi nessa qualidade que lhe atribuímos o Prémio Sakharov no Parlamento Europeu.
Fernando Savater, que hoje deve ter à volta de 68 anos, escreveu em 1997 esta frase fantástica: «se o que nos ofende, ou preocupa, é remediável, devemos pôr mão à obra e, se não é, torna-se ocioso deplorar porque este mundo não tem livro de reclamações». Ou seja, somos convocados para a ação e desconvocados da preguiça. Mas a ação com regras.
Como nos ensinou Francisco Sá Carneiro na que é talvez a citação mais usada: "A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”. Portanto, à pergunta do jornalista a nossa resposta é que queremos exatamente isto: convocar-vos para a intervenção cívica e política em nome de valores e com ética.
Têm nas vossas pastas um conjunto de informações relevantes sobre a Universidade de Verão. Algumas informações vão ser-vos dadas ao longo das semanas, entre elas os currículos de todos os nossos oradores. Antes do início do nosso jantar formal de abertura no 1º andar, podem recolher na entrada o primeiro currículo para juntar à vossa coleção, que é do nosso convidado de hoje, o Dr. Marco António Costa.
Nessas pastas verão que têm regras. Há regras para tudo: jantares, trabalhos de grupos, assembleias, aulas, e são regras simples.
Porém, em qualquer circunstância, há cinco regras fundamentais. A primeira é ter vontade: não está ninguém aqui obrigado, quem está aqui quer estar, candidatou-se, pagou a sua inscrição e foi selecionado por mérito próprio. A segunda é querer saber mais. Diz-se que a curiosidade é um sinal de inteligência. Só pessoas preconceituosas e pouco instruídas acham que querer saber mais é um sinal de ignorância. Pelo contrário: querer saber mais é um sinal de inteligência.
A terceira regra é ser pontual. Desde 2003 que tenho feito este apelo bem-sucedido. Peço-vos, uma vez mais, aquilo que pedi nos últimos 12 anos aos vossos colegas: mostrem ao país que nós somos diferentes.
Vamos começar e terminar tudo a horas. Não há derrapagens horárias na Universidade de Verão: para nós, dez horas não são dez e cinco nem sequer dez e dois, mas sim dez horas em ponto.
Grande parte dos problemas nacionais têm a ver com a falta de competitividade e grande parte da falta de competitividade e produtividade tem a ver precisamente com a incapacidade de se cumprirem horários.
Vamos mostrar, uma vez mais, que somos diferentes e conto com a vossa colaboração para o conseguirmos.
A quarta regra é serem solidários com o vosso grupo e com a família da UV. Em quinto lugar: serem construtivos, pois vamos ter muitos instrumentos para isso. Vamos falar de alguns hoje, de como é que podem dar as vossas sugestões para melhorar esta Universidade de Verão.
Quem está cá já está nesse conjunto de informações, verão aí a vossa fotografia e o retrato falado. É uma forma de mostrarmos a nossa cara, nos revelarmos, dizermos uns aos outros o que somos, o que desejamos, sonhamos e o que mais apreciamos.
Estou certo que no final da semana nos vamos conhecer ainda melhor, mas para já temos uma oportunidade de nos conhecermos um bocadinho uns aos outros.
Este processo não foi fácil. Alguns que aqui estão sabem que talvez a única coisa que eu detesto mesmo fazer é o processo de seleção. Fica-me sempre a angústia de que talvez haja alguém que merecesse cá estar que nós não conseguimos meter, porque há sempre muitos mais candidatos que os cem que podemos selecionar. Mas nestes anos todos nunca tivemos a sensação desconfortável de que fizemos más escolhas. Isto é, aqueles que cá estão, nós estamos convencidos que eles são os melhores.
Estamos profundamente convictos que a vossa seleção foi rigorosa e correspondeu à escolha dos melhores candidatos.
Aquilo que vos queria pedir era que através do vosso empenho nesta semana nos provem que tínhamos razão e que nos serenem relativamente a esta angústia.
Quem cá está candidatou-se, foi selecionado e vocês são para nós - como o Paulo Colaço dizia no filme do ano passado - uma seleção nacional.
Vão ver que vos tratamos como uma seleção nacional em tudo: na qualidade do programa e dos oradores, na exigência e no rigor, e em todos os detalhes da organização.
Como é que é um dia típico na Universidade de Verão?
Vou-vos dar o exemplo do dia de amanhã, o primeiro dia de trabalhos da Universidade de Verão de 2015. Começamos sempre às dez horas em ponto. Pedia que chegassem uns cinco ou dez minutos antes, não apenas para recolherem os envelopes que vos vão ser dados sempre que cruzarem aquela porta, mas para podermos começar sempre às dez horas em ponto.
O tema de amanhã será "Falar Claro” e serei eu com o Rodrigo Moita de Deus a falar-vos.
A aula da manhã termina imperativamente ao meio-dia e meia, não há atrasos e temos sempre meia hora de intervalo para depois à uma hora ser servido o almoço lá em cima, na mesma sala onde vamos jantar hoje.
Os jantares são sempre mais formais: estamos sentados e vão servir-nos; já o almoço é sempre buffet , portanto cada um tira aquilo que gosta mais de comer e não há nenhum protocolo.
O certo é que às 14h30 começamos a aula da tarde. Faço-vos o mesmo pedido, que cheguem uns minutos antes, até às 14h20, para que às 14h30 possamos começar. Amanhã será a senhora Ministra das Finanças, a Dr.ª Maria Luísa Albuquerque, a falar sobre finanças públicas sustentáveis.
A aula da tarde termina às 17h. Lá em cima, junto ao bar, é servido um lanchinho entre as 17h e as 17h30 onde podemos beber uns refrescos, comer uns bolos, trocar algumas impressões, fazer uma pausa e confraternizar um pouco.
Às 17h30 começam os trabalhos de grupos no mesmo sítio onde vocês se vão reunir hoje pela primeira vez à noite, a seguir ao jantar formal de abertura.
Não perceberão agora o que vos vou dizer porque ainda não entraram no ritmo, mas vão perceber que vai ser muito difícil largarem os trabalhos de grupo.
Tenho de vos fazer este pedido: não alarguem excessivamente as horas de trabalho, o ideal é que acabem às 19h30 para fazerem uma pausa porque depois o jantar começa impreterivelmente às 20h.
Sei que há alguns grupos que hão de querer trabalhar depois do jantar, faz parte da tradição das outras edições; não contrariamos isso, pois vocês são adultos, mas sugerimos que não o façam excessivamente. Às vezes, na competição que se estabelece, alguns grupos ficam a trabalhar até às cinco da manhã e depois torna-se mais difícil arrancar a horas no dia seguinte.
O jantar-conferência de amanhã à noite será com a Dr.ª Leonor Beleza que será a nossa primeira convidada.
A nossa universidade é interativa. Já sabem que vão ter uma revista de imprensa, pois não queremos que se sintam aqui fechados.
São uma seleção nacional, têm direito a saber o que se está a passar em Portugal, na Europa e no Mundo. Vão receber as notícias através dos grandes cabeçalhos logo à entrada. Quando entrarem na sala um pouco antes das dez da manhã, nos ecrãs essas notícias já estarão a aparecer e também aparecem no televisor do vosso quarto através da UVTV.
A UVTV apresenta um resumo do dia anterior mas também os destaques do próprio dia e ao final da aula da manhã, ao meio-dia e meia quando saem da aula têm a revista de imprensa.
Têm também o canal próprio da UVTV do qual já viram uma emissão com o filme do ano passado.
A nossa universidade interativa também tem um jornal diário, é o JUV, o jornal da Universidade de Verão.
Já receberam o número zero, de boas-vindas, e amanhã receberão o número um e por aí adiante. Quem faz o JUV é o Paulo Colaço, o Júlio Pisa e o João que é o nosso diretor fotográfico. Mas na prática quem fará o JUV serão vocês. Porquê? Porque o Paulo Colaço vai fazer-vos perguntas, vai andar atrás de vocês, vão perceber que o Paulo Colaço é o maior melga que vocês vão ter e, portanto, estão convidados a responder às perguntas e aos desafios que ele, diretamente e através da nossa Intranet, vos vai lançar todos os dias.
Os vossos grupos, num sorteio que terá lugar hoje à noite, serão convidados a fazer uma página do JUV que designamos como YouJUV, o vosso JUV. Isso irá ocorrer de forma a que cada grupo, pelo menos uma vez durante esta semana, terá essa oportunidade.
Nesta universidade interativa irão fazer muitas participações em grupo e vão estar organizados por grupos. Já sabem qual é o vosso grupo, consta dos vossos crachás, receberam uma carta do Nuno Matias e do Duarte Marques em que o vosso grupo é referido.
Mas também podem fazer participações individuais, que não são mediadas pelos grupos e residem somente sobre a vossa iniciativa pessoal. Dessas participações há as que são obrigatórias e as que não são.
As participações não-obrigatórias são as perguntas, as sugestões, o "Achei Curioso”. Aí tomámos como exemplo o nosso benjamim, o Gabriel Mateus de Albuquerque. Já têm esses impressos no envelope que vos foi entregue na credenciação.
Têm todos os dias a possibilidade de fazer perguntas a duas personalidades: ao convidado ao jantar e a alguém que está de fora. Ou seja, hoje receberam perguntas ao Dr. Marco António Costa, ao Secretário-Geral Matos Rosa e ao Presidente da JSD, Simão Ribeiro, que como está cá na semana inteira é o único que foge um bocado à regra. Isto é, ele obrigou-se - e agradeço-lhe essa disponibilidade - a responder a todas as perguntas. Todos os outros convidados vão apenas selecionar duas perguntas. Publicamos todas as perguntas na Intranet mas apenas duas serão respondidas pelo nosso convidado e essas são as que serão publicado no jornal da Universidade de Verão. Publicamos as perguntas e as respostas.
No caso do Dr. Marco António Costa e do Secretário-Geral Matos Rosa, as perguntas têm de ser entregues no final desta sessão. Portanto, quando sairmos para irmos ao jantar e receberem o currículo do Dr. Marco António Costa entregam, quem quiser, as perguntas que gostariam de lhes fazer e eles escolherão duas.
No vosso envelope de amanhã terão o convidado do jantar de amanhã, que é a Dr.ª Leonor Beleza e um convidado que está fora, o Dr. Marques Mendes, e poderão fazer-lhes perguntas e eles selecionaram duas que serão publicadas no jornal da Universidade de Verão.
Como perceberam, isto vai repetir-se todos os dias. As perguntas, podem fazê-las em papel e entregam ao apoio, ou na Intranet como explicarei mais à frente.
Outra participação não-obrigatória são as "Sugestões”, podendo ser assinadas ou anónimas. Já têm uma folha branca mas podem requerer mais junto ao apoio, se quiserem.
Lerei todas as sugestões, dando naturalmente preferência às que estão assinadas. Se quiserem fazer uma sugestão anónima, já vos explico como podem fazer.
As sugestões que vocês dão, servem para melhorar a Universidade de Verão. Queria que pensassem assim: se fossem o diretor da Universidade de Verão, o que fariam de diferente? São essas as sugestões que gostaria que me enviassem. Dou resposta a todas, dizendo se concordo ou não e, caso concorde, se estou em condições de adotar já nesta Universidade de Verão, ou se por razões organizativas terá de ficar na calha para próximas edições.
Têm também o "Achei Curioso”, em que podem registar um pormenor da organização, uma ideia original, a atitude de um orador, e o Paulo Colaço selecionará os melhores para publicar no jornal. Já o "Gostei de Ouvir” se houver uma citação de alguma aula ou de um momento mais formal, podem escrever a citação, identificando o orador e a citação que vocês apreciaram.
Não há nenhum protocolo relativamente aos prazos, excepto para efeitos de perguntas à distância e de seleção para o JUV. As perguntas à distância têm de ser entregues, se for em papel, até ao meio-dia e meia. Se quiserem colocá-las através da Intranet tem de ser até às 14h30, depois temos de enviar e receber as respostas de fora até à hora do jantar para serem colocadas na edição do JUV.
Têm também um desafio do Instituto Sá Carneiro, que quer lançar um dicionário de cidadania. Aquilo que vos peço é que nos digam quais os termos e conceitos que consideram fundamental constar nesse dicionário de cidadania. Basta dizerem os conceitos mas se quiserem justificar o porquê de os escolherem têm um espaço para uma breve justificação. Se acharem que a vossa escolha é tão óbvia que dispensa justificações, basta colocarem no campo do termo e não colocarem nada nas justificações.
Estas são as participações não-obrigatórias: participam se quiserem, convido-vos a fazerem mas não são obrigados a fazerem-no.
As participações obrigatórias são duas: no final de cada aula preencherem este papel que vos vai ser dado amanhã que é "O que aprendemos”, onde queremos que digam uma, duas, três coisas, que acharam mais interessantes e o que aprenderam com essa aula. Se não aprenderam nada dobrarão o impresso e votarão em branco, mas acho anómalo que não haja nada que não considerem interessante, pois seria necessário que o orador fosse francamente mau.
Esta entrega, em qualquer circunstância, é obrigatória.
Temos também outra participação obrigatória que é uma avaliação. Vão ver que na Universidade de Verão tudo se avalia e que todos os dias vão ser solicitadas várias avaliações: umas espontâneas de braço no ar, outras secretas, anónimas.
Esta é a avaliação mais séria que vos será solicitada no final de cada aula. Terão que avaliar os temas em nove parâmetros: se ele é importante, interessante e se trouxe novidades. O "importante” está destacado porque a importância do tema não tem a ver com a forma como o orador o expôs.
Podem achar que a aula de amanhã, "Falar Claro, foi completamente desinteressante mas que o tema é importante. Portanto, se acharem isso devem dar a nota máxima à importância e a mínima no interesse.
A importância, logo, prende-se com a importância do tema em si e se foi ou não interessante já depende da maneira como ele foi dado. Finalmente, se trouxe novidades é o último dos três parâmetros que pedimos que avaliem.
Sobre os oradores, vamos pedir que avaliem o nível de conhecimento que ele mostrou sobre a matéria, o nível de capacidade de comunicação e a empatia que ele gerou convosco.
Sobre os suportes e organização, vão ter de avaliar os textos de apoio se houver, os suportes audiovisuais se houver e se o tempo dedicado ao tema devia ser maior ou menor.
Duas notas sobre a avaliação: a grelha é sempre a mesma, de 1 a 5, sendo que 5 é Muito, 4 Bastante, 3 Suficiente, 2 Pouco e 1 Nada ou Quase Nada. A segunda nota é para que não façam avaliações por simpatia.
São naturalmente influenciados por simpatia. Dou-vos um exemplo concreto: há uns anos, o Eng.º Carlos Pimenta deu uma aula fantástica, das melhores intervenções que eu lhe ouvi, todos os vossos colegas adoraram e quando chegou a altura de avaliar o caderno de documentação deram-lhe uma média de 3, Suficiente. Não seria nada de estranhar se tivesse havido um papel mas não houve qualquer documento distribuído.
Os vossos colegas deviam ter dado melhor nota na capacidade de comunicação e no interesse do tema, mas na avaliação do caderno de documentação deviam ter dado 1, porque não houve nada distribuído.
Ou seja, não façam avaliações por simpatia. Estas avaliações são anónimas, são secretas, ninguém sabe o que vocês estão a votar e vão ser colocadas numa urna.
Porque é que elas são importantes? Porque na base da vossa sinceridade nós recolhemos a vossa opinião autêntica para melhorarmos as próximas edições da UV. É por isso que elas são importantes e é por isso que vos convidamos a serem sinceros nas avaliações.
Todos vocês podem beneficiar da Intranet, o endereço éhttp://univerao2015.com. Podem aceder nos vossos computadores, smartphones, mas quem não trouxe pode utilizar um dos dez computadores que estão junto ao bar. Temos dez computadores para poderem fazer a vossa participação através da Intranet.
Muitas coisas podem fazer por papel, mas recomendamos que façam pela Intranet porque muitos de vós têm, aquilo que eu chamaria, uma caligrafia original...[RISOS].
Portanto, em vez de encontrarem nas transcrições coisas que vocês de facto não escreveram mas parece que escreveram, é mais autêntico escreverem directamente na Intranet.
Têm para isso algo de muito importante, que é a vossa password (que já receberam) e que é a vossa garantia de que quando entram nos computadores os vossos contributos são mesmo vossos. Portanto, se usarem os computadores lá de cima não se esqueçam de fazer log off , senão pode vir um colega vosso a seguir que, ou não se apercebe que a sessão está aberta e faz contributos em vosso nome, ou apercebe-se e faz-vos uma partidinha e coloca coisas que vocês objetivamente não queriam colocar, inclusive perguntas a personalidades. Daquelas perguntas que se calhar até queriam fazer mas que não ousavam.[RISOS]
Para garantir que isso não acontece, recomendo que efetuem o log off para protegerem a vossa password.
No final da semana podem estar fartos de tantos papelinhos que irão receber. Vão olhar para nós com raiva e dizer que estes gajos são doidos pela burocracia. Não é burocracia. É que para nós a vossa opinião é importante.
Ao longo dos anos os vossos colegas fizeram o mesmo exercício. Se estivessem cá na primeira edição não tinham pastas com informação, UVTV, YouJUV, simulação de assembleia, "Falar Claro”, apresentações de trabalhos de grupos, revista de imprensa, visita a Castelo de Vide, debates oponentes; a UV era mais curta, tinha menos dias; e têm isto tudo, hoje, graças à avaliação dos vossos colegas que sugeriram todas estas inovações.
É o mesmo exercício que vos vamos pedir ao longo da semana e no último dia, a última coisa que farão antes da sessão formal de encerramento será uma avaliação global, como fizeram os vossos colegas.
Contamos com a vossa opinião para melhorar as próximas edições da UV.
Quero terminar falando-vos de pedras. Tenho aqui uma pedra, é um calhau de mármore. Uma pedra é uma pedra. Um mais distraído tropeça nela. Um mais violento pode usá-la como arma. Um construtor utiliza para edificar. Um pastor cansado, no campo, utiliza-a para se sentar e repousar. Uma criança pode utilizá-la para brincar com ela.
David utilizou uma pedra para matar Golias. Miguel Ângelo utilizou uma pedra para fazer uma das mais belas obras do Renascimento, a escultura "Pietà”, representando a dor de Maria com o filho, Jesus, morto nos braços, que está na Basílica de S. Pedro no Vaticano.
Pois bem, esta pedra é a mesma pedra. É uma pedra onde se tropeça, que podemos usar como arma, para edificar, para nos sentarmos, para brincarmos, ou para fazermos uma obra de arte. A pedra é aquilo que dela quisermos fazer.
Na nossa vida pessoal e profissional, estamos mais habituados a nos lamentarmos e a contar as pedras que encontramos no nosso caminho, em vez de pensarmos como, com elas, podemos fazer a diferença.
Se conseguirmos ajudar-vos a olharem para as adversidades de outra maneira, já nos daremos por felizes. Este é o meu desejo, é que sejam felizes na Universidade de Verão 2015.
[APLAUSOS]