Quais são hoje os grande desafios como historiador da ciência?
O grande desafio é académico. Isto é criar e montar grupos de investigação, e uma geração nova de historiadores especializados nesta disciplina específica, com os parâmetros académicos internacionais.
Considera positivo para o futuro da investigação, o peso que a publicação de artigos hoje tem, na avaliação e financiamento das carreiras científicas?
Este é um processo reconhecido internacionalmente. Tem de ser afinado e aperfeiçoado mas não é possível nem desejável alterá-lo completamente. Claro que a publicação de artigos não é tudo, mas é um elemento indispensável.
Quais são para si as principais medidas que devem ser implementadas para captar e gerir investimento para a investigação científica face à elevada e crescente produção de “massa” científica na actualidade em Portugal?
Na sua opinião, acha que a sua profissão é reconhecida no nosso país? Ou sente de alguma forma que para estar estável economicamente necessita de ir fazer as suas pesquisas noutro país?
Não considera que, apesar de todos os seu esforços, a História portuguesa não é suficientemente valorizada dado o nosso vasto passado cientifico português? Como pensa que seria possível alterar esta tendência com vista a torná-la mais viva e reconhecida nacional ou mundialmente?
Doutor Henrique Leitão, muitas vezes esquecemos sublinhar a importância que o Padre Fernando Oliveira teve no desenho da estratégia naval Portuguesa e Mundial. No entanto, esta personalidade apagada da História teve um grandioso contributo para a engenharia naval. Como classifica o espólio científico que o Pde. Oliveira nos deixou ? E como é que o seu contributo projectou os Descobrimento Portugueses ?