PERGUNTA A ...
 
 
     
Henrique Cymerman
 
Beatriz Almeida
Já entrevistou pessoas muito influentes a nível mundial, quer da política quer da religião ( Rei Hussein, Isaac Rabin, Yasser Arafat, Ariel Sharon, José María Aznar, Papa Francisco, entre outros). Qual foi a personagem que mais o marcou e porquê?
Há duas personalidades que são chave. São as que a mim mais me marcaram. São as entrevistas que eu mais contarei aos meus netos. A primeira está relacionada com uma coincidência trágica: fui eu quem fez a última entrevista a Yitzhak Rabin antes de ele ter sido assassinado. É uma coisa que eu conto muitas vezes mas enquanto vão passando os anos eu percebo a importância quase estremecedora desse facto. Aconteceu cerca de 24 horas antes do assassinato. Um assassinato que teve lugar pelo simples motivo de Yitzhak Rabin ter optado por uma política de paz. Isso despertou o antagonismo de um sector pequeno mas mais radical. O assassino foi talvez o único magnicida da história judaica, justamente num momento tão crítico. É que parecia tudo encaminhado para se pôr termo ao conflito mais antigo da história da Humanidade. Foi a última entrevista que ele deu. Que ele tivesse cantado em público – uma coisa que nunca tinha feito, porque era um homem muito tímido... o “General da Paz” era um homem muito tímido – que a seguir tenha feito um grande discurso, e depois levasse três balas na cabeça (morreu imediatamente) fez com que a minha entrevista tenha sido, portanto, póstuma. Eu entendi nesse momento que a História ia mudar. A segunda entrevista é mais recente. Foi há um ano, ao Papa Francisco, uma personalidade que eu encontrei, talvez a mais fascinante até hoje. Eu continuo a colaborar com ele, desde esse momento. É um homem que está disposto a usar o tempo dele como Papa – um dos líderes mundiais mais importante – para mudar o mundo. E mesmo sendo eu judeu, identifiquei-me com as mensagens do Papa Francisco, razão pela qual o ajudei em vários dos seus projetos.
Duarte Canhão
Qual foi o momento que mais o impressionou, marcou ou achou mais caricato durante alguma das suas muitas reportagens pelo mundo fora?
Há duas personalidades que são chave. São as que a mim mais me marcaram. São as entrevistas que eu mais contarei aos meus netos. A primeira está relacionada com uma coincidência trágica: fui eu quem fez a última entrevista a Yitzhak Rabin antes de ele ter sido assassinado. É uma coisa que eu conto muitas vezes mas enquanto vão passando os anos eu percebo a importância quase estremecedora desse facto. Aconteceu cerca de 24 horas antes do assassinato. Um assassinato que teve lugar pelo simples motivo de Yitzhak Rabin ter optado por uma política de paz. Isso despertou o antagonismo de um sector pequeno mas mais radical. O assassino foi talvez o único magnicida da história judaica, justamente num momento tão crítico. É que parecia tudo encaminhado para se pôr termo ao conflito mais antigo da história da Humanidade. Foi a última entrevista que ele deu. Que ele tivesse cantado em público – uma coisa que nunca tinha feito, porque era um homem muito tímido... o “General da Paz” era um homem muito tímido – que a seguir tenha feito um grande discurso, e depois levasse três balas na cabeça (morreu imediatamente) fez com que a minha entrevista tenha sido, portanto, póstuma. Eu entendi nesse momento que a História ia mudar. A segunda entrevista é mais recente. Foi há um ano, ao Papa Francisco, uma personalidade que eu encontrei, talvez a mais fascinante até hoje. Eu continuo a colaborar com ele, desde esse momento. É um homem que está disposto a usar o tempo dele como Papa – um dos líderes mundiais mais importante – para mudar o mundo. E mesmo sendo eu judeu, identifiquei-me com as mensagens do Papa Francisco, razão pela qual o ajudei em vários dos seus projetos.
Fábio Machial
Como é que se gere estar ao lado das personalidades mais relevantes das mais diversas regiões? E qual foi a personalidade que mais o marcou?
Há duas personalidades que são chave. São as que a mim mais me marcaram. São as entrevistas que eu mais contarei aos meus netos. A primeira está relacionada com uma coincidência trágica: fui eu quem fez a última entrevista a Yitzhak Rabin antes de ele ter sido assassinado. É uma coisa que eu conto muitas vezes mas enquanto vão passando os anos eu percebo a importância quase estremecedora desse facto. Aconteceu cerca de 24 horas antes do assassinato. Um assassinato que teve lugar pelo simples motivo de Yitzhak Rabin ter optado por uma política de paz. Isso despertou o antagonismo de um sector pequeno mas mais radical. O assassino foi talvez o único magnicida da história judaica, justamente num momento tão crítico. É que parecia tudo encaminhado para se pôr termo ao conflito mais antigo da história da Humanidade. Foi a última entrevista que ele deu. Que ele tivesse cantado em público – uma coisa que nunca tinha feito, porque era um homem muito tímido... o “General da Paz” era um homem muito tímido – que a seguir tenha feito um grande discurso, e depois levasse três balas na cabeça (morreu imediatamente) fez com que a minha entrevista tenha sido, portanto, póstuma. Eu entendi nesse momento que a História ia mudar. A segunda entrevista é mais recente. Foi há um ano, ao Papa Francisco, uma personalidade que eu encontrei, talvez a mais fascinante até hoje. Eu continuo a colaborar com ele, desde esse momento. É um homem que está disposto a usar o tempo dele como Papa – um dos líderes mundiais mais importante – para mudar o mundo. E mesmo sendo eu judeu, identifiquei-me com as mensagens do Papa Francisco, razão pela qual o ajudei em vários dos seus projetos.
Fernando Melo
Passados 70 anos da 2ªGuerra Mundial e da perda de milhões de vidas humanas, porque acha que continuamos a ignorar situações como a Síria, Gaza e África?
A complexidade do conflito é óbvia, porque dura muito tempo. Nos últimos 25 anos, vimos muitas tentativas de chegar a um acordo. Grande parte delas foram frustradas. Isso tem sobretudo que ver com o facto de Israel não ter sido ainda aceite por grande parte do mundo árabe. Eu acabo de vir de um encontra “não público” com líderes árabes de todo o mundo. Dizia-me um líder saudita que o mundo árabe ainda não aceitou o direito de Israel a ter um estado no médio-oriente. Mas ele diz que a não aceitação parte da opinião pública, dos intelectuais. Segundo ele, os governos já perceberam que Israel está aqui para ficar, mas há uma brecha entre o que pensam os líderes e o que pensa o povo. Isso é consequência de muitos anos de incitamento à violência contra Israel e é muito difícil mudar esse sentimento. E o pior é que isso fez também crescer dentro de Israel o setor mais radical. Um setor minoritário mas que desenvolve ações mais sonantes.
João Alves
Ainda acredita que é possível alcançar a Paz no conflito Israelo-palestiniano?
A complexidade do conflito é óbvia, porque dura muito tempo. Nos últimos 25 anos, vimos muitas tentativas de chegar a um acordo. Grande parte delas foram frustradas. Isso tem sobretudo que ver com o facto de Israel não ter sido ainda aceite por grande parte do mundo árabe. Eu acabo de vir de um encontra “não público” com líderes árabes de todo o mundo. Dizia-me um líder saudita que o mundo árabe ainda não aceitou o direito de Israel a ter um estado no médio-oriente. Mas ele diz que a não aceitação parte da opinião pública, dos intelectuais. Segundo ele, os governos já perceberam que Israel está aqui para ficar, mas há uma brecha entre o que pensam os líderes e o que pensa o povo. Isso é consequência de muitos anos de incitamento à violência contra Israel e é muito difícil mudar esse sentimento. E o pior é que isso fez também crescer dentro de Israel o setor mais radical. Um setor minoritário mas que desenvolve ações mais sonantes.
João Pedro Cruz
Atendendo ao seu enorme trabalho de campo na região de conflito entre Israel e o Estado Palestiniano, que futuro acha que reserva essa região? Continuará a existência de conflitos entre os dois estados ou será possível elevação e Paz instaladora ao longo dos anos?
A complexidade do conflito é óbvia, porque dura muito tempo. Nos últimos 25 anos, vimos muitas tentativas de chegar a um acordo. Grande parte delas foram frustradas. Isso tem sobretudo que ver com o facto de Israel não ter sido ainda aceite por grande parte do mundo árabe. Eu acabo de vir de um encontra “não público” com líderes árabes de todo o mundo. Dizia-me um líder saudita que o mundo árabe ainda não aceitou o direito de Israel a ter um estado no médio-oriente. Mas ele diz que a não aceitação parte da opinião pública, dos intelectuais. Segundo ele, os governos já perceberam que Israel está aqui para ficar, mas há uma brecha entre o que pensam os líderes e o que pensa o povo. Isso é consequência de muitos anos de incitamento à violência contra Israel e é muito difícil mudar esse sentimento. E o pior é que isso fez também crescer dentro de Israel o setor mais radical. Um setor minoritário mas que desenvolve ações mais sonantes.
Nuno Moreira
Qual deve ser, na sua opinião, o papel da Europa nos conflitos do Médio Oriente? Devem os europeus cingir-se à ajuda humanitária ou justificar-se-á intervenção militar em determinados casos?
A complexidade do conflito é óbvia, porque dura muito tempo. Nos últimos 25 anos, vimos muitas tentativas de chegar a um acordo. Grande parte delas foram frustradas. Isso tem sobretudo que ver com o facto de Israel não ter sido ainda aceite por grande parte do mundo árabe. Eu acabo de vir de um encontra “não público” com líderes árabes de todo o mundo. Dizia-me um líder saudita que o mundo árabe ainda não aceitou o direito de Israel a ter um estado no médio-oriente. Mas ele diz que a não aceitação parte da opinião pública, dos intelectuais. Segundo ele, os governos já perceberam que Israel está aqui para ficar, mas há uma brecha entre o que pensam os líderes e o que pensa o povo. Isso é consequência de muitos anos de incitamento à violência contra Israel e é muito difícil mudar esse sentimento. E o pior é que isso fez também crescer dentro de Israel o setor mais radical. Um setor minoritário mas que desenvolve ações mais sonantes.
Diogo Correia
A comunicação social tem cada vez mais influência na nossa sociedade. Considera que este grande poder tem sido acompanhado com a responsabilidade e a ética que se impõe na tarefa de informar?
Manuel Poêjo Torres
Henrique Cyberman, que implicações estão subjacentes à retirada da Missão ISAF do Afeganistão, sem que o território esteja solidamente pacificado e seguro ? Crê que estão reunidas as condições necessárias à criação de um novo "Safe Heaven" para novas células terroristas ?
Américo Ribeiro Moreira
Como grande jornalista que é, teve o privilegio de entrevistar o Papa Francisco. Como acha que a igreja deve agir face aos problemas que estão a acontecer no mediterrâneo?
André Tavares Moreira
Sendo um repórter que se encontra numa zona de tensão permanente e estando mais ligado ao lado israelita, como vê a solução de dois Estados?
António Tondela
A Europa tem assistido ao aumento de jovens que partem para a Síria para combater ao lado do Estado Islâmico; na Alemanha jovens neo nazis incendeiam ginásios que serviam de albergue a imigrantes. Como analisa esta situação que a Europa está a viver? O que deve o politico Europeu fazer para combater situações como estas? Que valores a Europa está a produzir?
Hugo Alves
Como correspondente jornalista do Médio Oriente, como tem assistido à abertura do Presidente Sírio à proposta russa de coligação internacional contra os extremistas do Estado Islâmico?
João Ferraz Diogo
Pergunta clichê seria perguntar-lhe qual o ponto mais alto da sua carreira. Contudo sabendo que mesmo em situações más acabamos por tirar grandes lições, qual foi o pior momento na sua carreira e que lição tirou dai?
Mafalda Gonçalves Moutinho
Caro Dr.Henrique Cymerman,"anjo da paz", quais são para si as principais medidas que os Estados Membros da União Europeia devem tomar a curto e médio prazo para solucionar a crise humanitária que vivemos?
Pedro Marcelino
Dado que já teve oportunidade de entrevistar o Papa Francisco, qual a característica dele que mais o impressionou?