Portugal depara-se nos dias de hoje com um grave problema com a sua dívida pública. Pensa que a solução passa por dizer não pagamos (como a Argentina o fez), ou pela reestruturação da mesma ou ainda por outra não referida?
“Não pagamos” está fora do meu pensamento e vocabulário, qualquer que seja o nome (reestruturação ou qualquer outro) com que baptize a inevitável operação. A questão está no reconhecimento da inevitabilidade do pagamento da dívida por parte de muitos países nos moldes e prazos estabelecidos nos tratado europeus e com os actuais níveis de crescimento económico. Este reconhecimento é de economista nacionais e internacionais e de outras instituições como o FMI.
Bom dia Drª Manuela Ferreira Leite. Relativamente à insustentabilidade da Segurança Social, quero perguntar-lhe que estratégias implementaria "hoje" para que as nossa geração não tenha consequências negativas quando chegarmos à aposentação.
Obrigado
O problema da Segurança Social não é uma questão entre gerações e por isso rejeito do “hoje” contra a geração futura. Os problemas da Segurança Social são demográficos, de crescimento económico e acima de tudo de coesão social.
Recentemente têm surgido várias notícias colando a sua imagem à de António Costa. Não lhe parece que esta situação pode magoar centenas e centenas de sociais democratas que sempre viram em si ( e ainda vêm) uma bandeira deste enorme partido?
Recentemente afirmou que a "segurança social está absolutamente selvática". Quais as medidas que se deve tomar a curto prazo para combatermos este problema?
Como ex-ministra das finanças, e conhecendo as contas públicas, acha que os cortes que têm sido feitos são os mais adequados ou considera que, eventualmente, poderia haver outra solução para a diminuição do défice público e para o aumento do PIB sem tantos sacrifícios para a população portuguesa?
Com base na sua experiência na gestão das finanças públicas portuguesas acredita que Portugal nos próximos 4 anos conseguirá ser um dos países mais competitivos a nível económico na Europa?
Bom dia Cara Doutora Manuela. A minha pergunta é um pouco mais pessoal: qual a sua opinião sobre a integração de pessoas em Listas e que ao mesmo tempo estejam a ser investigados judicialmente? O facto de integrarem passa uma má imagem aos Partidos. Acha que se deve jogar pelo seguro e não os pôr se o objetivo for ganhar o máximo número de votos?
O PSD sempre se afirmou como um partido livre, plural e verdadeiramente democrático. No entanto, esta liberdade de expressão interna ou até de crítica interna, é muitas vezes utilizada não para a crítica construtiva mas sim para ajustes de contas com o passado. Assim, considera útil que haja alguma contenção por parte de ex-dirigentes do partido, especialmente em épocas de pré-campanha e companha eleitoral?