PERGUNTA A ...
 
 
     
Luís Marques Mendes
 
Fernando Melo
Acha que as eleições na Grécia, antecipadas pela demissão do primeiro ministro, influenciam as legislativas de 2015?
Por comparação com Portugal, todo o caso grego vai pesar bastante nas nossas eleições. Primeiro, porque Portugal só teve um resgate e a Grécia já vai no terceiro. Segundo, porque a Grécia volta a ter um reforço de austeridade, enquanto Portugal já a está a reduzir. Terceiro, porque os portugueses percebem que Portugal é um caso de sucesso e a Grécia um exemplo de fracasso. Quarto, porque a aventura do Syriza só agravou a vida dos gregos. E, finalmente, porque António Costa cometeu a imprudência de se deixar associar ao Syriza e agora paga a factura desse erro. A Grécia é um pesadelo para o PS.
Mara Alexandra Alves
A descentralização de competências essencial ao país é reclamada há décadas por todos. Porque está a acontecer tão lentamente? Se é fundamental para a resolução de tantos problemas que encontramos na organização da administração pública, qual o fator que impede a sua implementação?
Concordo consigo – a descentralização tem tanto de necessária quanto de lenta. A razão essencial desta lentidão na sua concretização parece ter a ver com a resistência à mudança. O poder central é sempre avesso a perder poderes e competências. Por isso, tenta resistir. Não são tanto os políticos que oferecem resistência mas sobretudo os burocratas. Mesmo assim, o actual governo deu alguns passos positivos. Mérito, sobretudo, de Miguel Poiares Maduro e de António Leitão Amaro. Dois governantes que agiram na direcção certa.
Américo Ribeiro Moreira
Com a notória divisão do partido socialista em relação aos candidatos presidenciais (Dr.ª Maria de Belém e o Dr. Sampaio da Nóvoa), qual é o perfil do candidato que o Partido social Democrata deve apresentar?
As eleições presidenciais não são eleições partidárias. Por isso, os partidos não apresentam candidatos. Apoiam candidatos que surjam por sua livre iniciativa. Assim: a) O PSD deve aguardar o anúncio de candidaturas; b) Deve esperar que elas só surjam depois de 4 de Outubro, para não misturar legislativas com presidenciais e não dividir o partido, como está a suceder com o PS; c) Se houver mais do que um candidato da área do PSD, o partido deve dar liberdade de voto à 1ª volta e só apoiar mais tarde o candidato que passar à 2ª volta; d) O ideal seria haver um único candidato da área do PSD para contrastar com a divisão recente na área do PS. Mas nem sempre o ideal coincide com o possível.
Alex Morais Ramos


Portugal tem hoje mais razões para acreditar no futuro?
Beatriz Almeida
De que forma considera que nas próximas eleições poderá ser prejudicial uma possível mudança de líderes do país, caso o partido socialista vença ?
Chico - Patchê Parloa
Partindo da sua experiência autárquica e de algumas reivindicações de autarcas sobre a autonomia dos municípios, considera que há uma centralização de poder ou considera que o programa de reestruturação levado a cabo pelo governo ajudará numa maior autonomia e desenvolvimento regional e local?
Ana Vieira
Na sua opinião, o facto de um político fazer intervenções regulares num determinado canal de televisão como a sua crónica semanal, traz mais benefícios ou malefícios para a imagem do político?
André Tavares Moreira
De todas as áreas profissionais em que exerceu atividade qual foi a que mais gostou?
André Vicente
Ao nível da comunicação qual o caso mais "caricato" que já evidenciou?
Carolina Patrício
Segundo as últimas sondagens, o voto dos eleitores descontentes com as medidas tomadas nos últimos anos, pode vir a decidir o empate entre o PS e a Coligação. Perante estes dados, o que deve fazer a Coligação para voltar a ganhar a confiança destes eleitores?
Fábio Machial
Tem em conta a evolução que houve com as redes sociais, não pensa que seria mais conveniente para os partidos políticos, nos dias de hoje, deixar de gastar milhares de euros com os cartazes e apostar na comunicação através das redes sociais, após existirem rumores de falência técnica do maior partido da oposição?
Gabriel Mateus de Albuquerque
Não existe um conflito de interesses quando os deputados têm segundos empregos pagos, nomeadamente na relação dos advogados com os seus escritórios?
João Ferraz Diogo
Pode explicar de forma mais clara o porquê de não concordar com o problema levantado pela Coligação em relação aos debates? Não lhe parece injusto que quem concorre junto não tenha o direito de participar nos debates?
João Fortes
Qual a sua opinião sobre a reestruturação da rede de ensino superior público no Alentejo? Centralização e fusão de pequenas instituições formando consórcios ou manter a soberania e funcionamento de cada Universidade/Politécnico?
João Pedro Cruz
Como consegue conciliar o papel de comentador político com o facto de já ter sido presidente do Partido?
Manuel Poêjo Torres
Num país politicamente desinformado, como se explica o "vazio estratégico" de alguns programas políticos?
Nuno Moreira
Que reformas podem ser implementadas ao nível do poder local para dinamizar as regiões subdesenvolvidas do país, não só ao nível económico, mas também socio-cultural?
Pedro Marcelino
Em que sentido a recente polémica sobre os cartazes da campanha eleitoral é pertinente para o debate político?
Vasco Ferreira
A crise económico-financeira (e as suas consequências) gerou nas populações afetadas um sentimento de revolta. Revolta que, em vários países, se refletiu num maior apoio a movimentos extremistas e populistas. Portugal é um dos países onde a confiança para governar se mantem nos partidos moderados. A que crê que se deve tal? Ao facto de sermos um povo moderado ou pela atual legislatura terminar como a situação económica nacional mais desafogada do que quando a mesma se iniciou?